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Apagão global e a força da nuvem no Brasil

Entenda por que o impacto desta crise foi mínimo no país

Capacidade de adaptação, resiliência, baixa latência, segurança e, principalmente, um plano B. Todos esses elementos são imprescindíveis quando falamos sobre nuvem, continuidade de negócios e manutenção de operações. E na madrugada do dia 19 de julho de 2024, isso ficou evidente.

Um apagão cibernético global afetou serviços essenciais, como saúde, financeiro e transporte aéreo, em vários lugares do mundo. A crise afetou severamente a Europa e os EUA e teve um impacto menor no Brasil. “Eventos como este mostram vulnerabilidades no sistema e a importância da adoção de medidas robustas de tecnologia em nuvem e de segurança”, explica Jader Costa, CEO da Teccloud Stefanini.

Para o executivo, crises como esta também reforçam que estar preparado para questões extremas já não é uma opção, mas uma necessidade. “Apenas o plano B não basta. Temos que ter em pauta dentro de nossas empresas, de preferência, o C e o D”.


Apagão cibernético: o que sabemos

Um apagão cibernético global paralisou grandes regiões da Europa e dos Estados Unidos. Este evento sem precedentes foi causado por uma falha massiva nas redes de TI, afetando milhões de pessoas e causando um impacto significativo em diversos setores. Países como Alemanha, França e partes do Reino Unido sofreram com a interrupção total de serviços digitais, o que gerou caos nas cidades, interrompeu serviços essenciais e trouxe à tona a vulnerabilidade das infraestruturas críticas.

A principal causa do apagão ainda está sendo investigada, mas especialistas apontam para uma combinação de falhas técnicas e ataques cibernéticos coordenados. O governo de vários países já iniciou investigações para entender melhor o que ocorreu e evitar futuros colapsos. A resposta imediata à situação incluiu medidas de emergência para restabelecer os serviços, mas a recuperação completa ainda pode levar dias ou até semanas.


Por que o Brasil foi menos impactado?

Enquanto o apagão global trouxe enormes desafios para inúmeras nações, o Brasil experimentou um impacto significativamente menor. Esse resultado pode ser atribuído a várias razões, incluindo a estrutura diversificada da matriz energética do país e os investimentos em tecnologia de cloud computing, que permitem uma resposta mais rápida e eficaz a interrupções digitais.

Para Jader Costa, os serviços de cloud computing oferecem a flexibilidade necessária para que as empresas se adaptem rapidamente a novas realidades, mantendo suas operações. “A baixa latência e a redundância integrada garantem a continuidade dos negócios de maneira eficiente e segura. A infraestrutura de cloud computing no Brasil provou ser um diferencial crítico, permitindo que muitos serviços essenciais continuassem operando sem interrupções significativas”, explica.


A importância da cibersegurança

Contudo, este apagão global destacou não apenas a importância da infraestrutura física, mas sobretudo da segurança digital. Ataques cibernéticos foram identificados como um dos fatores que contribuíram para a falha massiva. Isso ressalta a necessidade urgente de investir em medidas robustas de cibersegurança para proteger as redes de TI e outros sistemas críticos.

As empresas brasileiras têm adotado cada vez mais soluções de segurança avançadas para prevenir ataques e garantir a continuidade dos serviços. Para a Teccloud Stefanini, que está dentro da torre de Cibersegurança do Grupo Stefanini, segurança é prioridade. “Estamos constantemente atualizando nossas defesas e treinando nossas equipes para lidar com ameaças emergentes”, destaca Costa.

Jader Costa complementa: “Essa é a importância de investimento em ambientes privados e segregados, protegidos e preparados para contingência efetiva. O ‘público’ mostrou-se frágil.”


A resposta das empresas e o papel da nuvem

Durante a crise, empresas que utilizam serviços de cloud computing demonstraram uma resiliência superior. Com a capacidade de armazenar e acessar dados remotamente, muitas companhias conseguiram manter suas operações funcionando apesar das falhas digitais. “Essa flexibilidade é, inclusive, essencial em momentos de crise como este, pois permite que operações de grande impacto para a sociedade continuem no ar. Hoje, vimos hospitais pararem, aeroportos… E, isso não pode ocorrer”, destaca o gestor.


Os riscos e prejuízos de um apagão para as empresas

O impacto de um apagão cibernético em uma empresa pode ser bastante danoso, afetando desde operações cotidianas até a confiança dos clientes e a sustentabilidade financeira. Os problemas são multifacetados e podem se manifestar de várias maneiras:


Prejuízos financeiros significativos

Durante um apagão, a interrupção dos serviços digitais pode paralisar a produção, interromper linhas de produção e afetar serviços essenciais como telefonia, internet e sistemas de comunicação. Isso resulta em uma perda direta de receita e aumento dos custos operacionais. Empresas que dependem de processos automatizados, como indústrias de manufatura e tecnologia, podem sofrer danos irreparáveis a seus equipamentos e maquinário, aumentando ainda mais os custos com manutenção e reposição de peças.


Riscos à segurança e confiabilidade dos sistemas

Os sistemas de TI e os servidores são particularmente vulneráveis durante um apagão. Sem serviços digitais, servidores podem desligar abruptamente, corrompendo dados e potencialmente levando à perda de informações importantes. Além disso, a falta de energia pode comprometer a segurança dos dados, especialmente se os sistemas de backup e armazenamento em nuvem não estiverem devidamente configurados ou se os dados não estiverem adequadamente replicados em locais seguros. Essa situação aumenta o risco de ataques cibernéticos, já que as defesas da empresa podem ficar temporariamente desprotegidas.


Impacto na reputação e confiança do cliente

Clientes que enfrentam interrupções em serviços essenciais, como saúde, serviços financeiros ou atendimento ao cliente, podem optar por mudar para concorrentes, resultando em perda de mercado e receita. A recuperação da confiança do cliente pode levar meses ou até anos, dependendo da gravidade do impacto e da eficácia das medidas corretivas adotadas.


Interrupção na cadeia de suprimentos

Para empresas que dependem de cadeias de suprimentos complexas, um apagão pode causar interrupções significativas. A paralisação dos transportes, a impossibilidade de comunicação entre fornecedores e distribuidores, e a perda de inventário devido à falta de refrigeração ou proteção podem levar a um colapso total da cadeia produtiva. Isso, além de resultar em perda de produtos acabados e matérias-primas, também em atrasos na entrega e aumento nos custos de logística.


Aumento da vulnerabilidade a crises cibernéticas

A combinação de falta de serviços digitais e interrupção dos sistemas de TI cria um cenário ideal para ataques cibernéticos. Durante um apagão, as defesas tradicionais podem ser temporariamente ineficazes, tornando os sistemas da empresa alvos fáceis para hackers. Ataques de ransomware ou outros tipos de malware podem ser amplamente facilitados, resultando em danos adicionais, perda de dados críticos e aumento dos custos com recuperação e segurança cibernética.

A experiência de empresas brasileiras durante o recente apagão global evidencia a importância de se ter um plano de contingência sólido. Investir em tecnologias de backup em nuvem, sistemas de recuperação de desastres e estratégias de cibersegurança robustas são medidas essenciais para mitigar os riscos associados a apagões. A adaptação rápida e a resiliência operacional demonstradas pelas empresas brasileiras durante o incidente são um exemplo de como preparar-se adequadamente para minimizar os prejuízos e garantir a continuidade dos negócios em situações adversas.


Preparando-se para o Futuro

O apagão cibernético de 2024 reforça a importância de estar preparado para crises extremas. Empresas e governos devem investir em infraestrutura resiliente e segurança cibernética para proteger seus sistemas críticos. “A dependência crescente da tecnologia de cloud computing é uma tendência que deve continuar fornecendo a flexibilidade e a resiliência necessárias para enfrentar os desafios do futuro”, diz Jader.

Enquanto o mundo se recupera do apagão, fica claro que a preparação e a capacidade de adaptação são essenciais. O Brasil, com sua abordagem proativa e investimentos em tecnologia de ponta, está bem posicionado para liderar essa nova era de resiliência digital.

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